Portaria virtual: as vantagens e desvantagens desse sistema

A questão da segurança é amplamente discutida em condomínios, sendo a portaria virtual uma possibilidade mais segura. Mas como funciona […]

Por Tarjab
Em 3 de dezembro de 2019

A questão da segurança é amplamente discutida em condomínios, sendo a portaria virtual uma possibilidade mais segura. Mas como funciona essa nova portaria?

Tudo que é relacionado a uma maior segurança em condomínios é bem vindo. São incontáveis os casos de arrastão em situações onde os bandidos entram nos prédios, e tendo conhecimento dos moradores que se encontram ou não, escolhem a dedo os apartamentos que invadirão.

Contudo, uma novidade tende a ganhar espaço nesse cenário: a portaria virtual.

Câmeras de segurança, alarmes, trancas e tudo mais que possa trazer mais conforto e comodidade é instalado nos condomínios, e, com certeza, trazem mais tranquilidade.

A portaria virtual é um sistema de recepção que permite checar quem deseja entrar no prédio e dá o poder ao condômino de liberar ou não a entrada.

Essa ferramenta também conta com uma tecnologia de ponta, que permite o reconhecimento facial de quem se aproxima da portaria pedindo para entrar no condomínio.

Se for morador, é reconhecido imediatamente. Em São Paulo, atualmente, cerca de mil condomínios já contam com esse sistema de portaria.

No entanto, embora seja um avanço significativo para os condomínios, nem todos os prédios podem dispor dessa tecnologia, devido ao valor do investimento e estrutura necessária, que às vezes o condomínio não comporta.

Vejamos um pouco mais sobre a portaria virtual, inclusive alguns de seus pontos negativos.

Como funciona a portaria virtual?

Trata-se de um sistema que, diferentemente das portarias às quais estamos habituados, dispensa a presença de um porteiro na cabine.

Essa portaria virtual está conectada a uma central interna no prédio, através da qual um funcionário de confiança cuida da entrada e da saída dos condôminos do prédio.

E como os moradores entram no prédio?

Por meio de um sistema de identificação que o reconhece na hora. Quando se trata das visitas, é necessário que um agente se comunique com a pessoa e então interfone para o condômino, a fim de saber se pode ou não liberar a entrada do visitante.

Este agente deverá pertencer a uma empresa terceirizada, que será a responsável pelo serviço de portaria deste prédio.

Vale lembrar ainda que a portaria virtual não é isenta de falhas, podendo ocorrer problemas relacionados à falta de energia ou de conexão à rede.

Quais os pontos positivos e negativos da portaria virtual?

Começando pelos pontos positivos, vamos falar de economia!

A portaria virtual resulta na redução de mão de obra, o que, segundo especialistas, como por exemplo, o diretor administrativo da Hiseg Soluções Tecnológicas, Harrison Pinho Júnior, a portaria virtual reduz em até 50% o valor dos custos e reduz também os riscos de processos trabalhistas oriundos da terceirização da segurança no prédio.

Com ela, a necessidade de câmeras de segurança passa a limitar-se apenas às áreas comuns, e há ainda economia de tempo e de dinheiro com treinamento de porteiros e seguranças.

Mas os benefícios não param por aí, pois outra vantagem muito importante é que, com esse sistema de portaria virtual, tem-se menos riscos de rendição de um porteiro por bandidos, o funcionamento é de 24 horas e isso evita conflitos de relacionamento e desvios de função, que podem acarretar em condutas de má fé.

Contudo, há também alguns pontos negativos: se faltar energia elétrica ou internet, por exemplo, o sistema vai parar de funcionar imediatamente,e a saída e entrada no prédio ficam comprometidas.

Além disso, em muitos condomínios, há certa dificuldade de adaptação dos moradores com o novos sistema, principalmente por parte dos idosos.

Há também dificuldades de entregas de cartas e encomendas, caso o morador não esteja no apartamento no momento em que elas chegam, visto que a autorização para entrar dependerá dele.

Assim, existe uma maior possibilidade de que estas cartas e encomendas sejam extraviadas. Por isso, é muito importante que o síndico pense e organize uma espécie de reunião de orientação e treinamento, para ajudar os condôminos a conhecerem bem e a se adaptarem a esta nova tecnologia.

Dados os pontos positivos e negativos, uma dúvida permanece sem uma resposta definitiva, nesse e em outros casos de digitalização e mecanização de funções: será que estamos preparados para perder o contato humano, e não ter a quem recorrer no caso de dúvida ou problema?

Nos prédios de São Paulo, a adesão a essa tecnologia ainda não é maciça, devido, principalmente, às questões que mencionamos aqui.

Quais sãos os custos desse investimento?

Segundo Harrison, conforme a cidade e o número de apartamentos do prédio, os preços podem variar em torno de R$ 4.500,00 à R$ 7 mil reais.

Esse valor já inclui os custos de instalação de câmeras, softwares e implementação do sistema no condomínio.

Claro que, embora o valor seja bem alto, as possibilidades de economia a médio e longo prazos tornam o investimento atraente, afinal, estamos falando de redução de custos com mão de obra, treinamentos, contratações, problemas e pendências judiciais, dentre outros gastos que, se excluídos da conta, chegam a 50%.

Para se ter uma ideia do quanto isso representa em alguns condomínios que já implementaram a portaria virtual, essa porcentagem é equivalente à R$ 100 mil. É menos condomínio para pagar, e mais segurança para desfrutar.

Equipamentos para portaria virtual

Suponhamos que o seu condomínio resolva contratar o serviço.

O primeiro passo é adquirir uma série de equipamentos tecnológicos, como câmeras de segurança para controle da entrada de pessoas no condomínio e aparelhagem de identificação dos moradores.

Estes geralmente vem com sistemas de biometria, tags ou QR Codes, e conexão com internet de alta potência, para que as imagens sejam transmitidas em tempo real com qualidade.

Também é necessário que haja manutenções preventivas e periódicas para que os serviços funcionem perfeitamente.

E se houver falha de energia ou de conectividade com a rede?

No caso de o condomínio ficar sem acesso à eletricidade ou internet, a portaria virtual deixaria de funcionar.

A melhor alternativa para se evitar esse tipo de situação é recorrer a medidas alternativas, como, por exemplo, um gerador movido a diesel, para suprir a demanda enquanto a energia não for restabelecida.

E se houver falha de conexão à internet?

Nesta situação, é melhor contar com duas conexões de internet, sendo um sobressalente para o caso de a outra faltar. Desta forma, se houver queda de serviço em uma delas, a outra poderá suprir a demanda normalmente.

Em alguns condomínios, em vez de ter duas conexões de internet, os moradores optaram por ter apenas uma e, adicionalmente, realizaram a contratação de um link dedicado.

Tais medidas precisam ser levadas em consideração ao pensar em implementar uma portaria virtual no prédio.

Cuidados ao contratar a portaria virtual

É preciso planejamento, estudo e, assim que contratada uma empresa, a leitura atentamente do contrato da agência que presta o serviço de portaria virtual, a fim de evitar percalços no caminho.

A empresa é quem deverá fornecer opções para o caso de haver falha de energia ou de rede e, em último caso, deverá deslocar um porteiro para permanecer na portaria do prédio, até que o serviço seja restabelecido.

Por fim, embora muitas pessoas ainda tenham suas dúvidas, a portaria virtual é uma novidade que chega no mercado imobiliário tanto para o empreendimento comercial quanto para o residencial.

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